As tendencias do fitness para 2010, revelam o estado da economia mundial, a necessidade de obter resultados, a eficácia dos programas de treino, a duração dos mesmos e o treino personalizado com profissionais experientes e com formação. As grandes organizações mundiais de saúde apresentam as seguintes tendências.
Para o American Council on Exercise:
- Treinos de custos controlados nos centros de fitness e em casa.
- Treino em pequenos grupos.
- Treinos eficientes em termos de duração.
- Exergaming (Wii Sports, Wii Fit, Dancetown).
- Programas específicos para os baby-boomers.
- Treinos funcionais.
- Consciencia da importância da saúde e da condição física.
- Importancia de obter credenciais profissionais adequadas.
- Aulas especializadas.
- Ferramentas de treino (tecnologias, software, etc).
Por outro lado, o American College of Sports Medicine apresenta a seguinte lista:
- Profissionais de fitness experientes e com formação.
- Treino de força.
- Crianças e obesidade.
- Personal training.
- Treino “core” (acondicionamento dos músculos da zona média do corpo).
- Programas de treino para seniores.
- Fitness funcional.
- Treino desportivo específico.
- Pilates.
- Treino “personalizado” em pequenos grupos.~
Mike Chaet reforça algumas destas situações no mundo global do fitness ao referir que as mulheres são a chave do sucesso neste negócio e que os ginásios devem reconhecer a importância do envelhecimento da população e dos serviços de treino personalizado. Tom Peters na abertura da convenção da IHRSA há uns anos atrás, declarava: não existe nada mais do que retenção nesta indústria. É ai que se faz dinheiro, mantendo as pessoas que já lá estão. Se estás a tentar inscrever mais mulheres no teu clube e se as estás a perder, então és uma desgraça.
Curioso verificar que os programas de treino curto e intenso, utilizando ferramentas como barras e halteres estão de acordo com as tendências actuais. E se verificarmos as tendencias dos anos anteriores (2008, 2009), são apenas uma consequência das necessidades que a vida actual coloca em todas as pessoas. O treino de força, o treino personalizado, a formação dos profissionais do fitness e a revitalização de ferramentas antigas como Pilates ou as kettlebells, parecem manter-se nos últimos anos.
As ferramentas “antigas”, mobilizam bastante a zona média do corpo e obrigam os músculos estabilizadores a grande trabalho, podem sem dúvida dar resposta aos problemas financeiros pela boa relação custo benefício e relação duração do treino/resultados.
Isto não significa que devamos ir atrás dos outros. Mas será importante sabermos como vai o mundo do fitness, quais as tendencias, para onde nos dirigem as grandes cadeias mundiais de ginásios que se impõem e nos tentam impor as suas regras para evangelizar o pessoal dos ginásios no sentido que eles pretendem. Torna-se necessário bom senso na apreciação das novas tendências, para não cometermos o erro de abandonar prematuramente técnicas e ferramentas que sempre nos deram bons resultados e que acompanham a humanidade há mais de um século.
Pessoalmente, utilizo técnicas apelidadas de treino de alta intensidade (designação popular que rotula treinos curtos e intensos), trabalho abdominal indirecto e estabilização da zona média do corpo, movimentos de halterofilismo, movimentos gímnicos, exercícios de Pilates, remo, corrida e natação. Os nossos alunos estão mais preocupados com os resultados, quer tenham por objectivo diminuir o stress ou melhorar a condição física e saúde. Os nomes, as marcas podem ter algum impacto inicial, mas no médio e longo prazo a relevância destes aspectos diminui drasticamente. Quando os alunos realizam mais de 300 treinos connosco, técnicas e as ferramentas têm menos importância. A relação de confiança estabelecida, os benefícios que se vão apreciando no dia-a-dia ao longo do percurso para atingir objectivos, demonstram ser bem mais importantes.
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