A balança mede… Peso. As mulheres estão obcecadas pelo peso. Preferem ser gordas e pesar o valor exacto para os seus referenciais sociais. Se as amigas andam nos 60s elas querem 59. Se as amigas andam nos 80s querem 79. Incapazes de correr 1km sem desmaiar ou de subir 10 escadas a correr, o peso está acima de tudo. De tal forma que temos cada vez mais mulheres tunning: fazem plásticas, colocam tudo o que é artificial e que não se enquadra no seu design. Depois têm vergonha daquilo que vêem e continuam sem parar, até surgirem graves complicações psicológicas. Pressão social? Falta de inteligência? Exageros? Desespero? As razões são diversas.
A mulher bela, acorda bela. E se cuida de si, fica… Brilhante! Mas… sem saúde ou vitalidade interior, a capa de pintura, o pushup, a cor preta da roupa, de nada valem para esconder a verdadeira origem da falta de beleza, a qual, na maioria dos casos não é genética (pois todos temos a nossa beleza com pontos fortes que devemos salientar e pontos fracos que devemos controlar).
Quem disse que uma mulher de 50kgs é mais sexy do que uma de 60? E se os 60 estiverem melhor distribuídos? É inegável que as pessoas que fazem exercício, têm melhor aspecto do que aquelas que não fazem. Nascemos com ombros mais largos do que as ancas ou ancas mais largas do que os ombros, situação que altera bastante a nossa geometria e a forma como devemos escolher a nossa roupa para equilibrar a nossa figura. O exercício não altera a largura dos ossos de forma a alterar essas proporções, mas os músculos mais fortes, com melhor tónus muscular, melhoram a postura, permitem que o nosso corpo se apresente de outra forma mesmo estando descoberto de roupas sofisticadas e pinturas artificiais.
Quando tentamos perder peso de forma rápida, aquilo que ocorre é sobretudo uma perda de músculo. Isso significa que perdemos capacidade física, capacidade para gastar mais calorias quer em movimento quer em repouso. O processo de perda de gordura é lento e progressivo.
A gordura em excesso é o problema, não são dois ou três quilos que se consideram acima dos valores estabelecidos por tabelas de referência americanas. De que vale ter o peso dito adequado à nossa estatura, se a percentagem de gordura anda pelos 28%? De que vale ter o peso certo se a maioria das pessoas não consegue adivinhar o nosso peso? Mas… Conseguem verificar se estamos com bom aspecto, conseguem verificar se a pele está bonita, se a cara espelha alegria, se a postura é altiva e confiante. De que vale ter o peso certo se passamos fome e temos um metabolismo lento. Quanto menos comemos, mais o corpo abranda os seus gastos, tornando-se preguiçoso, trabalhando com o mínimo de combustível possível. Isso não é nada bom para quem quer perder gordura e ser mais saudável.
É muito fácil perder peso. Mas o mais difícil é perder gordura. E mais difícil ainda é manter o peso, manter uma boa percentagem de gordura.
Durante as perdas rápidas de peso, como não damos tempo ao corpo de se adaptar, aparecem a flacidez muscular (recuperável com esforço físico e cargas adequadas) e as estrias que ficam como registo permanente das asneiradas que fizemos. Assim vamos perdendo o brilho, o nosso bom aspecto na luta por perder 2 ou 3 quilos. Se repetirmos o processo 4 ou 5 vezes num ano, teremos o nosso corpo completamente transformado em 10 anos. De facto, poderá ficar a “encaixar-se” na roupa da moda, mas certamente estará fora de moda, fora de forma, de aspecto velho, usado, maltratado.
E que tal um aparelho de medir a alegria? Que tal um aparelho para medir as pregas de gordura? Que tal ser capaz de nadar 500m, correr 50m à máxima velocidade, saltar sobre objectos com a altura da cintura, fazer algumas flexões de braços e elevar o corpo pendurado numa barra… Poucas manequins profissionais conseguem, a maioria das mulheres que conseguem fazer coisas destas não têm a melhor relação peso/estatura…
Em vez de peso, porque não pensamos mais em reduzir a percentagem de gordura? Em vez de balança, porque não apalpamos as nossas pregas de gordura?
- Nunca passem fome!
- Nunca saltem refeições!
- Bebam muita água!
- Comam de tudo!
- Façam exercício!
- Sejam inteligentes!*
Acordem gente! Trabalhem os vossos músculos a sério. Pelo menos 30 minutos intensos 2 a 3 vezes por semana. Alimentem-se de forma equilibrada. Durmam mais. Divirtam-se e tenham uma atitude positiva e verão que o corpo se transformará por completo! Adicionalmente… Vistam uma roupa que se adeque à vossa geometria corporal em vez de procurarem “encaixar” o corpo na roupa da moda.
*A condição física depende muito do corpo. Mas o estilo de vida, depende da nossa cabecinha e todos os esforços físicos serão em vão se não tivermos uma atitude correcta face ao nosso corpo. Isto ocorre independentemente do número de treinos ou horas que passamos no ginásio.
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